São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
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Bird só disse o que é óbvio

FERNANDO CANZIAN
EDITOR DO PAINEL

O novo chefe de operações do Banco Mundial para o Brasil, Homi Kharas, 42, não disse nada que a equipe econômica não saiba.
A única novidade é que alguém credenciado, como o funcionário do Bird, disse o que ninguém no governo tem a coragem de dizer.
É óbvio que o Brasil e o Plano Real têm no colo uma "bomba-relógio".
A dívida pública que aumenta US$ 10 bilhões em um mês, três déficits seguidos no Tesouro e o temor de que a economia cresça são apenas algumas peças da tal bomba de efeito retardado.
É óbvio também que só as reformas estruturais evitarão a sua explosão.
Quem não sabe disso?
Se o governo FHC não consegue aprovar politicamente as reformas -por causa de marimbondos e outros bichos-, isso não é problema do funcionário do Bird. Os números e os "tic-tacs" estão aí.

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