São Paulo, sábado, 16 de março de 1996 |
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Paes tem estratégia para derrotar emenda
LUCIO VAZ
Para evitar a pressão sobre os convencionais, principalmente os parlamentares, Paes decidiu fazer uma consulta, com votação secreta, sobre os temas: Previdência, reforma administrativa, reeleição e privatização da Vale do Rio Doce. A cédula que será utilizada pelos convencionais do PMDB, preparada na última reunião da Executiva Nacional, na quarta-feira, tem duas questões ligadas à Previdência: direitos adquiridos e aposentadoria por tempo de serviço. A formulação das perguntas favorece as teses defendidas por Paes. Na questão dos direitos adquiridos, a pergunta é: "Devem ser mantidos os direitos adquiridos?". Em seguida, vem um quadro em branco com a frase: "Sim, devem ser mantidos na Constituição os direitos adquiridos". Ao lado do segundo quadro, logo abaixo, vem a segunda frase: "Não, os direitos adquiridos (pelos funcionários públicos e contribuintes, da Previdência, em especial) devem ser abolidos". Em audiência com o relator do projeto da Previdência, Michel Temer (SP), Paes propôs que a votação da emenda seja adiada para depois da convenção. O governo quer votá-la na próxima semana. "Se a votação for depois da convenção, o projeto está morto. Pelo que tenho conversado com companheiros do PMDB, a tendência é a aprovação da aposentadoria por tempo de serviço", disse ontem o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ). Paes divulgou anteontem carta registrando "a calorosa solidariedade" que o senador José Sarney (PMDB-AP) vem recebendo do partido. A carta foi escrita em papel com o timbre do Diretório Nacional do PMDB. Na quarta-feira, o governador Tasso Jereissati chamou Sarney de "irresponsável e leviano" por ter permitido a criação da CPI dos Bancos. Texto Anterior: Arrecadação federal sofre baixa de 3,5% Próximo Texto: Ato de sem-terra vira duelo de petistas Índice |
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