São Paulo, sábado, 16 de março de 1996 |
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'Reação' assumiu autoria de explosões
PAULO PEIXOTO
Apesar da responsabilidade assumida pelo suposto grupo de policiais, nenhuma apuração foi feita até hoje pela polícia mineira. Sete bombas explodiram na capital mineira em 1995. A primeira foi no dia 4 de fevereiro no banheiro do cinema Nazaré/Liberdade, onde um homem ficou levemente ferido. O motivo da explosão teria sido represália à atitude do secretário da Segurança Santos Moreira, que compareceu pessoalmente ao cinema para desautorizar a entrada de um policial civil que não queria pagar o ingresso. Dias depois outra bomba explodiu na caixa de eletricidade da casa de um coronel reformado da PM, que dias antes tinha se desentendido com um policial civil. Seguiram-se outras explosões na sede do Sindicato dos Jornalistas, no jornal "Estado de Minas", em frente ao Fórum Lafaiete e em frente ao Colégio Promove. Até então, Santos Moreira dizia suspeitar de grupos da Polícia Civil insatisfeitos com a sua administração. O secretário havia promovido mudanças na Polícia Civil e procurava preencher os cargos de confiança com novos delegados. Após a explosão de uma bomba no banheiro da sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), não se falou mais em grupos de policiais insatisfeitos. A Polícia Civil e a Polícia Federal acusaram o sindicalista da CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Minas Austen Mudado com base em provas testemunhais. A Justiça Federal, no entanto, decidiu arquivar o processo por falta de provas. Outros dois inquéritos sobre as explosões não tiveram ainda nenhuma conclusão e nenhuma identificação do suposto "Grupo Reação", que assumiu a responsabilidade pelas bombas. O secretário Santos Moreira disse que os inquéritos foram devolvidos pela Justiça para novas investigações, que prosseguem. (PP) Texto Anterior: Grupo mata 3 por aumento de salário Próximo Texto: Fio de cabelo poderá apontar responsável Índice |
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