São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
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Gás de cozinha não sofrerá reajuste

GLP fica de fora de aumentos

MÁRCIO DE MORAIS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O gás de cozinha (GLP) ficará de fora dos reajuste nos preços dos combustíveis, que deverá entrar em vigor na próxima semana.
O assunto será decidido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que chega ao Brasil na noite de hoje, vindo do Japão.
O reajuste incidirá sobre a gasolina, o álcool e o óleo diesel e será seguido da liberação dos preços dos combustíveis nas bombas.
Impacto
O impacto médio ao consumidor será de 13,5% no preço do álcool e de 13,7% no preço da gasolina, de acordo com os últimos estudos da área técnica do governo.
Mas este reajuste poderá ter uma pequena variação -para cima ou para baixo-, de acordo com a distância entre a refinaria e os postos.
Isso porque, com a liberação, o custo do frete deixa de ser subsidiado e passa a vigorar o regime de competição entre as distribuidoras. As que forem mais competitivas e obtiverem menor custo no frete, terão preços inferiores.
Regiões Os Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, bem como os da Amazônia, ficarão de fora da liberação. Por serem muito distantes das bases de produção, continuarão com o subsídio ao frete.
Os Estados do Sul (Rio Grande, Santa Catarina e Paraná) e do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo), além do Distrito Federal e Goiás, terão os preços liberados, de acordo com os últimos estudos.
O reajuste, bem como a liberação dos preços na bomba, tem como objetivo dar sustentação ao pacote do álcool.
Maciel
Mas o presidente interino Marco Maciel não quis assinar as medidas na última segunda-feira por causa das divergências de pontos de vista dentro da área técnica.
Maciel foi alertado da repercussão negativa que poderia trazer para o Plano Real um pacote que autoriza a concessão de reajuste aos combustíveis em prazo inferior a 12 meses.

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