São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Conselheiro não vai substituir auditor

DO EDITOR DO PAINEL S/A

"É um equívoco pensar que o conselheiro substituirá as funções do auditor", diz Stephen Kanitz, professor da FEA-USP e consultor.
"Nem os auditores têm instrumentos legais para detectar a fraude, pois, se auditam um banco, não podem entrar em outro para seguir determinadas operações".
Segundo Kanitz, essas tarefas cabem a órgãos como o FBI. E, no Brasil, o Banco Central tem que atuar como o FBI.
Kanitz valoriza o conselho consultivo. Diz que, daqui para a frente, terão maior importância os conselhos que cuidam das estratégias da empresa. Com a economia mais aberta e sem inflação, perderão importância aqueles conselheiros saídos do governo.
Numa economia sujeita a planos econômicos, era importante para a empresa ter alguém para fazer cenários sobre o que o governo poderia vir a fazer. "A moderna função do conselho não é mais saber onde está a fraude. É saber para onde a empresa deve ir," diz.

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