São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Saiba quem é a ensaísta Camille Paglia

DA REDAÇÃO

Camille Paglia, 48, professora de humanidades na Universidade de Artes da Filadélfia, tornou-se famosa em 1990, ao ter lançado o seu livro "Personas Sexuais".
Recusado por sete editoras antes de ser publicado, o livro é um levantamento de Paglia sobre a história da cultura ocidental.
A ensaísta se projetou com declarações bombásticas sobre quase todos os assuntos possíveis.
Proclama-se feminista ("a mais importante desde Simone de Beauvoir"), mas diz que a dominação masculina é mais uma questão hormonal do que cultural.
Ao contradizer as feministas tradicionais, Camille Paglia chegou a pedir que elas fizessem um "transplante de cérebro".
Apesar de ser lésbica assumida (diz ter se tornado bissexual por falta de parceiras), afirma que as homossexuais são "10% mais burras do que as heterossexuais". Camille Paglia também se diz "monástica, pervertida e voyeur" e tem como ídolo a cantora americana Madonna.
Suas principais defesas são o homossexualismo, o aborto e a legalização das drogas e da prostituição.
Em 1992, Camille Paglia lançou seu segundo livro, "Sexo, Arte e Cultura Americana".
"Vamps and Tramps" ("Vampiras e Vagabundas"), seu último livro, é na verdade uma coletânea de ensaios em que ela reforça as teses já apresentadas.
Nele, ela diz admirar a primeira-dama dos EUA, Hillary Clinton, por sua "mentalidade tradicionalmente masculina" -o que reproduz no artigo nestas páginas.

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