São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996 |
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Procuradores usam tática do 'barulho' Para advogados, mídia é imprescindível FERNANDO PAULINO NETO
"Não podemos prescindir da mídia, que faz autoridades pensarem duas vezes e olharem com carinho as questões que chegam lá", diz Gueiros. Para Miranda, a exposição em jornais "faz parte da natureza da função. A notícia são os criminosos, não nós". Foram eles que denunciaram e conseguiram a prisão preventiva domiciliar do ex-vice-presidente de Controladoria do Nacional, Clarimundo Sant'Anna. Caso menor Eles pegaram Sant'Anna em um caso aparentemente menor -possível irregularidades na conversão informal da dívida externa. Para eles, não importa. Miranda ataca com o exemplo óbvio: "Pegaram o Al Capone por sonegação do IR. Com a Rosane Collor também foi assim". Ele se refere a seu caso mais famoso, quando era procurador da República em Maceió e denunciou a então primeira dama por usar ilegalmente recursos da LBA. O caso ainda está na Justiça. Opostos Gueiros e Miranda são opostos que se atraem. Eles concordam na forma de agir na Procuradoria, um substitui o outro nas férias, trabalham juntos e, nos fins-de-semana, diz Miranda, tomam chopinho e vão à praia. As semelhanças acabam aí. O elétrico alagoano Miranda, 1,60 metro, e o tímido Gueiros, 1,77 metro, são antagônicos. "Ele é o genro que toda sogra pediu a Deus", diz Miranda do colega, enquanto se autodefine como "tríplice coroado", com três divórcios nas costas. Texto Anterior: Entenda como foi a conversão da dívida Próximo Texto: Rombo pode chegar a R$ 2,9 bi, aponta BC Índice |
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