São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996
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Rombo pode chegar a R$ 2,9 bi, aponta BC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O rombo final do Banco Econômico superará as previsões iniciais e poderá chegar a R$ 2,9 bilhões, a depender dos critérios utilizados pela equipe do Banco Central que finaliza novo relatório sobre a instituição baiana.
Conforme o primeiro relatório sobre o Econômico, produzido pelo ex-interventor do BC Francisco Flávio Barbosa, a diferença entre as dívidas do banco e o total de créditos e bens era de R$ 1,9 bilhão.
Se a equipe decidir tirar esse valor dos ativos -bens, créditos e direitos- do Econômico, o patrimônio real do banco cairá para R$ 2,9 bilhões negativos.
Segundo informações do BC, o relatório da comissão de inquérito instaurada sobre o Econômico deverá ser concluído ao longo desta semana. O inquérito tem o objetivo de apurar o rombo e suas causas.
Colarinho Branco
Na apuração das causas, devem aparecer operações consideradas irregulares. Elas serão avaliadas pela área jurídica do BC e enviadas ao Ministério Público, configurando a terceira notícia-crime envolvendo o Econômico.
Com base nos documentos, o BC acha possível enquadrar os ex-controladores do Econômico na Lei do Colarinho Branco, que define crimes contra o sistema financeiro e proíbe empréstimos bancários a empresas do mesmo grupo.
Excel
As negociações para a venda do Econômico ao Banco Excel, pela expectativa do BC, não esperarão a conclusão do inquérito e deverão ser encerradas nesta semana.
Os técnicos do Banco Central ainda não sabem se serão necessários empréstimos subsidiados do Proer -o programa de reestruturação do sistema bancário- para viabilizar a transação.

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