São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996
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Secretária rebate as acusações

FERNANDO ROSSETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

A professora de antropologia da USP e secretária de Política Educacional do MEC, Eunice Durham, acabou sendo a "defensora solitária" -segundo ela mesma- da proposta de emenda constitucional do governo.
"As divergências são mais aparentes do que reais", afirmou.
À crítica -principalmente petista- de que o Plano Decenal de Educação para Todos do governo Itamar foi abandonado após anos de debate, Durham disse que "não há nenhuma ação do ministério que não seja no sentido da discussão anterior".
Ela também afirmou que foi por culpa da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação), que exigia um piso salarial de R$ 300, que ocorreu a dissolução do Fórum em Defesa do Ensino Público -principal mentor do primeiro projeto de Lei de Diretrizes e Bases da educação, substituído por um outro do MEC com o senador Darcy Ribeiro (PDT-RJ).
Eunice Durham disse que "o Brasil não investe pouco em educação, mas mal".
Nesse sentido, seria importante a criação do Fundo de Valorização do Magistério, para distribuir melhor os recursos da área da educação.
Quanto à proposta de regulamentação do artigo 207 da Constituição -sobre autonomia universitária-, a secretária de Política Educacional afirma que "precisamos de uma lei que garanta uma autonomia que a maioria das universidades não tem hoje".
(FR)

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