São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996
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Israel admite que tem plano de deportar os radicais palestinos

Premiê libanês afirma que não aceita receber refugiados

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, afirmou ontem que o país planeja deportar palestinos ligados a grupos radicais muçulmanos, principalmente ao Hamas.
O grupo reivindicou uma onda de atentados entre 25 de fevereiro e 4 de março que deixou 62 mortos.
"A lista (de deportações) será conhecida depois de passar por verificações militares e legais, de acordo com a lei de Israel", disse.
Peres se negou a informar o número de possíveis deportações e quando elas ocorreriam. "Estamos investigando quais são as melhores medidas para impedir uma outra ação do terror suicida."
Israel enfrentou condenação internacional em dezembro de 1992 quando deportou cerca de 200 supostos militantes do Hamas para um espaço entre a região controlada por Israel no sul do Líbano e a controlada pelo Exército libanês.
Resposta libanesa
O premiê do Líbano, Rafik al Hariri, disse, em resposta a Peres, que seu país não permitirá que Israel deporte palestinos para o Líbano.
O Hamas divulgou uma declaração pedindo que outros países árabes recusem seus integrantes.
Existem cerca de 350 mil palestinos morando em campos de refugiados libaneses. Vários deles usam bases do Líbano para atacar soldados israelenses.
Segundo analistas sobre a região, uma nova onda de deportações de Israel não deveria sofrer as mesmas críticas por causa dos atentados.

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