São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
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Filme holandês é favorito

DANIELA FALCÃO
DE NOVA YORK

O italiano "The Star Maker" -de Giuseppe Tornatore- e "O Quatrilho" -de Fábio Barreto- também têm chances.
O filme holandês (que nos EUA se chama "Antonia's Line") estreou em Nova York no início de fevereiro e, desde então, só tem recebido críticas favoráveis.
A diretora Marleen Gorris optou por contar a história da vida da protagonista em 'flashbacks' e fez do filme uma saga feminista.
As memórias são narradas ao público pela neta de Antonia, Sarah. Como indica o título do filme em português, a vida da protagonista é cheia de excentricidades.
O grande trunfo de Gorris para ganhar a estatueta é justamente o uso do realismo fantástico ao narrar as memórias de Antonia.
Depois do francês "French Twist" e do chinês "Operação Xangai" (que não concorrem ao Oscar), "Antonia's Line" foi o filme estrangeiro que fez mais sucesso nos EUA no último ano.
Sem contar, é claro, com "O Carteiro e o Poeta", que concorre ao prêmio mais importante da noite de amanhã: melhor filme.
O segundo longa estrangeiro com mais chances é "The Star Maker" (Itália), dirigido por Giuseppe Tornatore e que estreou nos EUA há três semanas.
Tornatore, que já havia conquistado o Oscar de melhor filme estrangeiro em 1988, com "Cinema Paradiso", é sempre um nome respeitado pela Academia.
Mas, dessa vez, o diretor italiano exagerou na carga dramática do filme e em sua paixão pelas pobres e lindas cidades do sul da Itália.
"The Star Maker" conta a história de um jovem italiano da capital (Roma) que resolve tentar a vida no interior do país e se apresenta como caça-talentos de um estúdio cinematográfico.
O argelino "Dust of Life", do diretor Rashid Bouchareb, empolgou as platéias dos cineclubes em que foi exibido, mas tem pouquíssimas chances de levar o Oscar.
O problema é que a história sobre a vida de dois rapazes num campo de concentração no Vietnã é considerada politicamente engajada demais para o gosto a Academia.
O sueco "A Beleza das Coisas" ("All Things Fair"), do diretor Bo Wildberg, tem a seu favor o fato de ter conquistado prêmios importantes nos festivais europeus.

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