São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
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Mulheres adotam 'mão boba' na paquera

PAULO SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando tinha 15 anos, a estudante do 1º Colegial Tatiana Julian, hoje com 19, viu na TV "o homem mais bonito do mundo".
O modelo Luciano Spalla aparecia tirando a roupa para uma platéia exclusivamente feminina, em uma boate de São Paulo. "Fiquei apaixonada."
Tatiana ainda não podia frequentar a boate, mas quando fez 18 anos reuniu um grupo de amigas e comemorou o aniversário lá.
"Assim que o Luciano apareceu no palco eu subi, o abracei e beijei muito. Passei a mão em tudo. Ficamos juntos naquela noite e em muitas outras", conta.
Tatiana não tem, como muitas mulheres, problemas em soltar sua "mão boba" e pegar nos homens quando se sente atraída.
Ela conta que o desprendimento rendeu a ela a aproximação de Luciano e também de um outro stripper da mesma boate, que agora é seu noivo. "Quando quero, consigo", afirma.
As histórias de mulheres que chegam perto e tocam quando não resistem a um homem bonito ou "muito gostoso" ultrapassam os limites do "Clube das Mulheres" -nome do lugar onde o noivo de Tatiana trabalha.
Essas mulheres não se importam de ser taxadas de vulgares, como os homens que passam a mão nelas. "Se tenho vontade, não vou ficar me segurando", diz a cantora Leila Sigamo, 35. "Gosto mesmo de ser ativa com os homens."
A última investida de Leila foi com um argentino em um bar cheio. "Me levantei da mesa para ir ao banheiro, que era do outro lado, e no caminho passei por ele. A gente já estava se paquerando e eu aproveitei a multidão para encostar", diz. "Cheguei tão perto que quase nos beijamos. Depois, claro, ficamos juntos."
A reação dos homens à aproximação física é, segundo Leila, muito boa. "É claro que tem que haver alguma coisa no ar. Uma paquera, no mínimo. Não vou sair por aí me encostando em qualquer um."
Ela garante que em certos casos a ousadia até facilita o desfecho. "Olhar é bom, mas uma hora alguém tem que agir", diz. "E muitas outras", conta.
Tatiana não tem, como muitas mulheres, problemas em soltar sua "mão boba" e pegar nos homens quando se sente atraída.
Ela conta que o desprendimento rendeu a ela a aproximação de Luciano e também de um outro stripper da mesma boate, que agora é seu noivo. "Quando quero, consigo", afirma.
As histórias de mulheres que chegam perto e tocam quando não resistem a um homem bonito ou "muito gostoso" ultrapassam os limites do "Clube das Mulheres" -nome do lugar onde o noivo de Tatiana trabalha.
Essas mulheres não se importam de ser taxadas de vulgares, como os homens que passam a mão nelas. "Se tenho vontade, não vou ficar me segurando", diz a cantora Leila Sigamo, 35. "Gosto mesmo de ser ativa com os homens."
A última investida de Leila foi com um argentino em um bar cheio. "Me levantei da mesa para ir ao banheiro, que era do outro lado, e no caminho passei por ele. A gente já estava se paquerando e eu aproveitei a multidão para encostar", diz. "Cheguei tão perto que quase nos beijamos. Depois, claro, ficamos juntos."
A reação dos homens à aproximação física é, segundo Leila, muito boa. "É claro que tem que haver alguma coisa no ar. Uma paquera, no mínimo. Não vou sair por aí me encostando em qualquer um."
Ela garante que em certos casos a ousadia até facilita o desfecho. "Olhar é bom, mas uma hora alguém tem que agir", diz. "Essa tática do toque, em noites barulhentas e incosequentes, é perfeita."
A estudante Ana Lee, 19, adora aproveitar noites barulhentas, em boates, por exemplo, para "tirar uma casquinha". "Já fiz duas vezes", conta. "Na primeira, o cara estava dançando bem perto e não resisti ao Tempra (bunda) dele. Passei a mão, e ele riu muito. Na segunda, o cara pediu meu telefone."
Para a estudante Carla Bruno, 20, a receptividade é ainda melhor quando o homem está "aditivado". "Alguns estimulantes leves, ou mesmo uma bebidinha, deixam o cara mais sensível", garante.
Ela conta um exemplo. "Na festa do Venice (no Galpão, Barra Funda), um tempo atrás, muita gente tinha tomado ecstasy (comprimido estimulante) e foi uma delícia", diz. "Eu 'encoxava' os caras e eles ficavam louquinhos."
Carla diz que não toma nada. "Não preciso de coisa alguma para sentir tesão. Outro dia estava de carro, com uma amiga, e vi um cara maravilhoso a pé. Ele estava de costas e aproveitei para passar a mão nas pernas dele", lembra.
A coreógrafa Regina Vaz, 41, não é a favor da passada de mão "gratuita". Mas em caso de timidez da outra parte, ou atração irresistível, não tem nada contra.
"As vezes o cara é muito tímido e você se sente muito atraída", diz. "Nesse caso, se a gente não faz alguma coisa, não acontece nada."
Regina tem várias histórias do tipo (leia depoimento), todas bem-sucedidas. "Quando chego perto, em geral já sei o que pode acontecer", afirma.

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