São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
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Governo já admite déficit de R$ 11,2 bi para este ano

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O próprio governo já admite novo déficit operacional para este ano. "A estimativa feita pelo governo é de que seja de 1,71% do PIB (Produto Interno Bruto)", afirma o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente.
O conceito operacional inclui os juros e a variação cambial. O déficit de 1,71% equivale a R$ 11,2 bilhões.
A projeção de déficit feita do governo está sendo considerada excessivamente otimista pelos deputados e economistas Delfim Netto (PPB-SP) e Antônio Kandir (PSDB-SP). Delfim diz que o resultado deve ficar acima de 3% do PIB e Kandir acredita em algo entre 2,5% e 3% do PIB.
No ano passado, o déficit do setor público ficou em 4,95% do PIB, o que representou R$ 32,2 bilhões.
Pessoal
Parente disse que, apesar de não se prever o equilíbrio das contas públicas este ano, "a situação será melhor" do que em 1995. No caso das contas do governo federal, ele afirmou que o resultado será melhor porque a taxa de juros está caindo e as despesas com pessoal vão ter uma queda real.
O governo não concedeu e não deve conceder nenhum reajuste para os servidores públicos.
A grande incógnita para o governo hoje são os gastos com pensões e aposentadorias do INSS, que já ficaram acima da arrecadação líquida e esta tendência deve acontecer em outros meses do ano.

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