São Paulo, domingo, 24 de março de 1996 |
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Estados e municípios reduzem despesas
VIVALDO DE SOUSA
Desde dezembro do ano passado, o governo já negociou empréstimos por meio da CEF (Caixa Econômica Federal) para 17 Estados. Todos eles se comprometeram a reduzir suas despesas este ano. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, disse que os resultados estão sendo bons. Monitoramento A redução de despesas está sendo monitorada pelo Tesouro Nacional. A intenção do governo é divulgar, a cada três meses, como está a evolução das despesas e receitas dos Estados. "O resultado nos Estados será melhor este ano", afirma o deputado Antônio Kandir (PSDB-SP). Segundo ele, outro ponto positivo é que as tarifas públicas, que tiveram reajustes entre dezembro de 1995 e janeiro de 1996, terão um valor médio maior este ano e isso melhora o desempenho das empresas estatais. Melhora em 97 Kandir diz que "é inegável" a manutenção do déficit este ano. A situação só vai melhorar a partir de 1997, quando o governo já terá conseguido no Congresso Nacional a aprovação das reformas Administrativa e da Previdência Social. Para ele, isso permitirá obter o equilíbrio das contas públicas. O deputado Delfim Netto (PPB-SP) afirmou, porém, que "o ajuste das contas públicas não tem nada a ver com o Legislativo". Sedutor Segundo ele, o presidente Fernando Henrique Cardoso "é um sedutor e conseguiu transmitir para a sociedade que ele não tem nada a ver com isso". "O equilíbrio não vai ser produzido pelo Espírito Santo (uma das manifestações da Trindade). Só pode ser produzido pelo Fernando Henrique", disse Delfim. Segundo ele, o déficit das contas públicas não deve prejudicar o plano de estabilização econômica este ano, mas é importante fazer as privatizações de maneira mais rápida. (VS) Texto Anterior: Governo já admite déficit de R$ 11,2 bi para este ano Próximo Texto: BB busca convívio com o capital privado Índice |
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