São Paulo, domingo, 24 de março de 1996 |
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Banco recua na venda de títulos
CELSO PINTO
Ele havia mencionado a intenção de vender os papéis a este jornal. A publicação da notícia, contudo, acabou, como era previsível, causando uma enorme agitação no mercado da dívida brasileira. Na abertura do mercado de Londres, os IDUs chegaram a cair mais sensivelmente, com a expectativa de uma venda maciça pelo BB. Pressionado pelas questões do mercado, Oliveira decidiu mudar de estratégia e explicou sua nova idéia numa nota à imprensa. O objetivo da venda era internalizar, em reais, ativos de USŸ 2,8 bilhões que o BB tem no Exterior. Deste total, USŸ 1,7 bilhão virá por conta do acerto final do Brasil com a família Dart: a dívida do BB será convertida em títulos do Tesouro. O restante, que viria da venda de dívida brasileira no mercado, virá agora, segundo Oliveira, de duas formas: 1) a venda de USŸ 600 milhões em ativos de curto prazo de agências do BB no Exterior; e 2) captações externas de USŸ 500 milhões, usando como garantia ações com liquidez internacional. O BB calcula que, ao transformar os USŸ 2,8 bilhões em reais e ao aplicá-los às altíssimas taxas de juros internas, gerará um lucro de R$ 500 milhões. Com o recuo do BB, o mercado se acalmou. Os IDUs fecharam com pequena baixa na sexta-feira, caindo de 89,88 centavos por dólar para 89,50 centavos. O C-Bond caiu de 60,50 centavos para 59,88. Texto Anterior: BB busca convívio com o capital privado Próximo Texto: "Clube dos R$ 100 bi" assusta os bancos Índice |
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