São Paulo, domingo, 24 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Telefonemas são temidos

MILTON GAMEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos Alberto Bifulco, diretor-financeiro da Klabin, gigante do setor de papel e celulose, é um daqueles clientes que os banqueiros veneram e, ao mesmo tempo, temem.
Com R$ 100 milhões em caixa para aplicar, cada telefonema de Bifulco para um banco sela o destino de, no mínimo, R$ 3 milhões a R$ 4 milhões investidos em CDBs (Certificados de Depósito Bancário).
Atento à boataria que tomou conta do mercado financeiro durante as quebras do Econômico e do Nacional, no ano passado, Bifulco deixou de trabalhar com bancos pequenos e médios. Concentrou as aplicações da Klabin em instituições estrangeiras e nos cinco maiores bancos privados de varejo.
"Não ficamos com um tostão em nenhum dos bancos que quebraram."
Mesmo aplicando nos bancos que considera mais seguros, o executivo toma precaução limitando os depósitos a 10% do total por instituição, no máximo.
Além disso, Bifulco compra análises de balanços desses bancos, feitas por empresas especializadas.

Texto Anterior: "Clube dos R$ 100 bi" assusta os bancos
Próximo Texto: Concentração salta aos olhos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.