São Paulo, domingo, 24 de março de 1996 |
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Banqueiros tomam cuidados
MILTON GAMEZ
"Os bancos prudentes limitam as aplicações de seus maiores clientes para não sofrer retiradas bruscas", diz o vice-presidente do Banco Itamarati, Antônio Hermann Menezes de Azevedo. Há, no mercado, cerca de R$ 45 bilhões depositados em CDBs. Um boato pode, em questão de minutos, provocar uma "revoada" de milhões de reais de um banco para outro. O Banco Itamarati, do empresário Olacyr de Moraes -ele mesmo um sócio do "clube dos R$ 100 bilhões"-, evita receber depósitos das grandes fundações de previdência. "Não podemos ficar vulneráveis ao mercado interbancário nem aos investidores institucionais", diz Azevedo. Para garantir-se, o Itamarati conta com um caixa próprio elevado: R$ 300 milhões. É praticamente o mesmo valor que o banco capta em CDBs. Walter Mekitarian, superintendente da Fundação Cesp de previdência complementar, está na outra ponta: protege-se dos banqueiros falidos. Com patrimônio de R$ 2,5 bilhões, a fundação tem cerca de R$ 375 milhões em CDBs. "Analisamos detalhadamente o desempenho de cada banco", diz ele. (MG) Texto Anterior: Concentração salta aos olhos Próximo Texto: Sem reformas, Real pode 'morrer na praia', diz Musa Índice |
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