São Paulo, domingo, 24 de março de 1996 |
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Faltam quadros ao PSDB Faltam quadros ao PSDB FERNANDO RODRIGUES Brasília - Faltam quadros ao PSDB. Isso atormenta o presidente Fernando Henrique Cardoso.O desejo de FHC é ter um candidato forte para disputar a Prefeitura de São Paulo e instituir a figura de um operador político. Faltam nomes. A escassez de opções gera alguns cenários que podem ser consumados no primeiro semestre. A saber: 1) Operador político - é esse o termo. Articulador será sempre FHC. O operador executa. Dois nomes de aparente menor calibre começam a ficar fortalecidos. Publicamente, ganha força Luiz Carlos Santos (PMDB-SP), líder do governo na Câmara. Nos bastidores, sobe a estrela de José Gregori, chefe de gabinete do Ministério da Justiça. Santos suou na aprovação da Previdência. Gregori, todos sabem na Justiça, foi o emissário que levou a FHC a saída para barrar juridicamente a CPI dos Bancos: tirou do fundo do baú um parecer que Saulo Ramos fez para José Sarney sepultar uma outra CPI. 2) Prefeito de São Paulo - o presidente continua a esperar a decisão de José Serra. O ministro é visto como a única opção de peso dos tucanos. Sérgio Motta foi descartado. É considerado um candidato de risco. Não apenas por ser desconhecido do eleitorado. Seria, também, mais atacável do que José Serra, na opinião do Planalto. A opção de candidato de consenso com Paulo Maluf é a última da lista. Amigos de FHC dizem que Maluf falou em Paulo Renato sem base para isso. Nem sequer sabia que o ministro da Educação é inelegível em São Paulo, pois tem título eleitoral de Campinas. É natural que FHC se preocupe com a dificuldade de encontrar nomes em seu próprio partido. Afinal, fica cada vez mais claro que o PSDB existe apenas por causa do Plano Real. E que o partido do governo é o PFL. E que FHC só continua tranquilo porque o PFL o ajudou a perder o pudor para distribuir cargos e verbas. Texto Anterior: Habeas corpus Próximo Texto: Homo brasiliensis Índice |
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