São Paulo, terça-feira, 26 de março de 1996
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BNDES quer mudar contrato da Light

Empresa fica mais 'atraente'

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) apresenta nesta quinta-feira ao CND (Conselho Nacional de Desestatização) um pacote de mudanças no contrato de concessão da Light para tornar mais atraente a empresa, que tem privatização marcada para o dia 18 de abril.
A principal mudança é o aumento de cinco para oito anos do prazo para a realização da primeira revisão tarifária da empresa após sua privatização. Foram mantidos os reajustes anuais pela inflação.
Segundo Elena Landau, diretora do BNDES para a área de privatização, a revisão tarifária não é um reajuste, mas uma adequação da tarifa às mudanças ocorridas no setor ao longo dos anos. Pode haver aumento ou queda de tarifa.
Outras mudanças no contrato de concessão têm o objetivo de dar maior liberdade de gestão aos novos donos da Light. Eles terão um limite de endividamento mas não precisarão mais dizer ao governo quais as fontes de captação de recursos às quais irão recorrer.
Os controladores passarão a ter liberdade para o uso na empresa de qualquer tecnologia e haverá também maior liberdade para a venda de bens patrimoniais.
Serão colocados à venda no leilão 60% do capital da Light, pelo preço mínimo de R$ 2,4 bilhões, à vista e em dinheiro vivo.
Elena Landau disse que na reunião do CND de quinta-feira será definida a data do leilão da malha Centro-Leste da Rede Ferroviária Federal e que será decidido também se a terceira malha da Rede a ser vendida será a Sudeste, a mais rentável de todas.
Cerj
Dois dos sete consórcios que se candidataram a fazer a avaliação e modelagem de venda para a privatização da Cerj (Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro) foram desclassificados ontem por irregularidades nos documentos de habilitação que apresentaram.
São eles Energia Rio e Trevisan, que têm prazo de cinco dias úteis, a partir de hoje, para recorrer.

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