São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Banco Central impõe limite para gestão das reservas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

No máximo 5% das reservas internacionais do Brasil terão seu gerenciamento terceirizado pelo Banco Central até o início do próximo semestre. As reservas brasileiras, em fevereiro, eram de US$ 54,411 bilhões.
O chefe do Departamento de Operações das Reservas Internacionais do BC, Joubert Furtado, informou que nos próximos 30 dias deverá iniciar a seleção de 6 a 10 bancos que poderão administrar parte das reservas.
Os objetivos da terceirização do gerenciamento das reservas são melhorar os padrões de maior rentabilidade e menor risco nas aplicações, aquisição de tecnologia junto aos melhores bancos do mundo e seguindo uma tendência já adotada por países da América Latina e Europa.
O BC está definindo os critérios que deverão ser adotados pelos futuros administradores das reservas: quais as moedas que serão aceitas, tipo de instituição (bancos colocados entre os melhores na classificação de menor risco) e tipo de aplicação, por exemplo.
"Somente poderá ser feito o que estiver definido nos critérios", disse Joubert. A aplicação das reservas em ações poderá ser proibida.
Títulos
Segundo informou Furtado, ainda não está sendo considerada a utilização de títulos brasileiros na terceirização do gerenciamento.
Até 1994, quase 100% das reservas internacionais estavam no BIS (Banco de Compensação Internacional), porque o Brasil não havia renegociado o total da dívida externa e havia possibilidade de sequestro dos valores.
Atualmente, conforme Joubert, entre 15% e 16% continuam no BIS. O BC opera hoje com 130 bancos que têm relação de depósito e aplicação com as reservas internacionais do Brasil.

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