São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Previdência é adiada para 10 de abril

DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A reforma da Previdência só volta a andar após a Semana Santa. Sem acordo entre oposição e governo para a votação dos destaques, a continuidade da votação da reforma previdenciária foi adiada para o dia 10 de abril.
Nova rodada de reunião foi marcada para hoje. O PT, PDT, PSB e PC do B elaboraram uma lista com os 17 pontos principais que desejam alterar no projeto, reduzindo para 43 os 169 destaques que apresentaram originalmente.
O número é ainda considerado excessivo pelos governistas. Os partidos de oposição condicionam a retirada dos destaques a mudanças substanciais no texto de Temer.
Cada destaque exige uma votação separada do ponto em exame. Cada votação leva, em média, 30 minutos.
Uma nova proposta de texto será apresentada hoje na reunião, aglutinando os pontos de consenso e alterando o texto de Temer já aprovado. Os governistas concordam em modificar cinco pontos, nos quais não há divergência.
Entre eles, está o que assegura a contagem de seguro-desemprego e licença-maternidade para efeito de aposentadoria. "Não há negociação sobre os pontos principais do projeto", afirmou o líder do PSDB, José Aníbal (SP).
A disposição dos governistas não agradou a oposição. "Não vai haver possibilidade de acordo. Ficou claro que eles querem manter o texto do relator", disse o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ).
Para tentar resolver o impasse, os governistas ameaçaram novamente passar o rolo compressor sobre a oposição colocando em votação o projeto que modifica as regras de funciomento (Regimento Interno) da Câmara. O projeto limita o uso dos destaques.
"Amanhã (hoje) é a última chance de acordo. Se não houver entendimento, no dia 9 de abril nós votamos o projeto que limita o uso dos destaques", afirmou Inocêncio Oliveira.

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