São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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CPI nas ruas
NELSON DE SÁ
- Estudante foi espancado! Conflito de rua mais parece festa, no Aqui Agora. Também nos demais, na verdade, ainda que com uma locução contida, com aparência soturna: - Pontapés, pedradas. - Tumulto e pancadaria. As imagens, apesar do sangue, nem tinham tanto impacto. Mas foram o bastante para o efeito desejado. Parte da cobertura já tratou o caso em tom preocupado -o Jornal Nacional cuidou de evitar o assunto nas manchetes- e falou em retorno dos "caras-pintadas", em "vaias" ao presidente Fernando Henrique, e em ameaça: - Eles prometem voltar às ruas esta quinta. É hoje um certo dia nacional de luta pela educação, que vem estimulado pelo exemplo dos heróis de ontem. Como foi evidenciado ontem, uma luta que não é apenas "pela educação". Em São Paulo, diante da Fiesp visitada por Fernando Henrique, outros estudantes se esforçaram no heroísmo, como mostrou a Bandeirantes. Chegaram perto. "Policiais militares agrediram e destruíram algumas faixas e cartazes", registrou a cobertura algo empolgada da CBN. Na manifestação, "balões a gás coloridos foram presos a grandes letras que formavam a frase CPI Já". Ela ainda não foi sufocada -e hoje tem mais. Suspeita Demorou, mas o secretário de Segurança enfim "confirmou a suspeita" de que "os três meninos de rua tenham sido assassinados por policiais civis" em Belo Horizonte, segundo a Bandeirantes. É um começo. Ano passado, os atentados nem começo tiveram, quanto mais fim. Ternura ACM estava Ternura como nunca, dizendo candidamente da proposta do Excel, pelo Ecônomico, "foi a melhor". e-mail: nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: A Lei de Imprensa Próximo Texto: Ação civil investiga licitação irregular Índice |
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