São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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Cidade no AL pára de comer carne
ARI CIPOLA
Depois de ficar sabendo que havia contraído o vírus, o jovem teria ficado revoltado e injetado seu sangue nos animais. O matadouro municipal, que abatia 30 bois por semana, há 40 dias abate no máximo cinco e, mesmo assim, não consegue vender toda a carne, segundo o gerente Antônio Amâncio. Ele suspeita que a carne dos bois esteja contaminada. "Sempre reclamei a presença aqui de um veterinário, mas nunca mandaram um e não sei como vou fazer agora." O secretário da Saúde de Alagoas, José Wanderley Netto, afirmou ser "impossível" transferir o vírus HIV humano para bois. "Espero que, com essa informação, os moradores de Boca da Mata se sintam seguros e deixem o pânico de lado", afirmou ele. P.A. contraiu o HIV em São Paulo, onde mora há cerca de seis anos, segundo seus parentes. Os rumores da contaminação dos bois só começaram depois que ele deixou a cidade. Enquanto permaneceu em Boca da Mata não revelou, nem mesmo para os irmãos, que estava com a doença. O barbeiro Cícero Apolinário, irmão de P.A., afirma que ninguém de sua família desconfiou da doença do irmão. "Só ficamos sabendo no dia em que ele foi embora, por uma prima". Texto Anterior: Prefeitura oferece nova droga Próximo Texto: Doente vai à Justiça contra dono de loja Índice |
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