São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Doente vai à Justiça contra dono de loja

MÔNICA SANTANNA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O doente de Aids João Giovani de Oliveira Muniz, 28, está acusando Edmundo Coletto, proprietário da rede de supermercados Coletão, em Curitiba, de tê-lo discriminado por ser portador do vírus HIV.
Muniz entrou na Justiça com uma ação trabalhista por danos morais e pede indenização de 2.000 salários mínimos (R$ 200 mil).
A primeira audiência de conciliação está marcada para hoje.
Muniz trabalhou como funcionário do supermercado de julho de 92 a novembro de 94, quando saiu de licença para tratamento.
O advogado Claudinei Belafronte disse que Muniz comunicou que era portador do vírus em setembro de 94. Assim que soube, Coletto teria afastado Muniz, concedeu-lhe licença remunerada e disse que ele não deveria manter contato com o público ou com alimentos.
Coletto disse que nenhuma das acusações feitas são procedentes.
"Esse rapaz está afastado há quase dois anos, mas sempre nos visitava. Ele é homossexual assumido e chegou a subgerente, uma prova que nunca o discriminei."
Ele acusou os advogados de estarem tumultuando o processo e a vida de Muniz. "O rapaz está doente e deveria ser poupado."

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