São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Moacyr Scliar vende direito de romance 'O Centauro no Jardim' pode ser filme FERNANDA SCALZO
Alfonso Arau, diretor de "Como Água para Chocolate", está sendo cogitado para levar às telas a adaptação do livro de Scliar. "Por enquanto está tudo no território do provável. A indústria cinematográfica sempre tem essas incógnitas", disse o escritor. "O Centauro no Jardim", de 1980, é sobre "o conflito de identidade", disse Scliar. Conta a história de um centauro, que nasce de mãe mulher, na região de colonização judaica no Rio Grande do Sul. Ele cresce, conhece uma centaura e se apaixona. Os dois viajam ao Marrocos, onde se submetem a uma operação para se tornarem bípedes. Mas, no fundo, continuam centauros. Com toques de realismo mágico, o romance se encaixa na mesma estética de "Como Água para Chocolate", livro de Laura Esquivel. A adaptação do livro de Esquivel, dirigida por Alfonso Arau, ex-marido da escritora, rendeu US$ 40 milhões de bilheteria no mundo todo (US$ 22 milhões só nos Estados Unidos). O sucesso de "Como Água para Chocolate", de 1993, levou o mexicano Arau a receber vários convites para dirigir em Hollywood. No ano passado, realizou "Caminhando nas Nuvens" com Keanu Reeves. Produtora A produtora americana Addis-Wechsler, que comprou a opção do romance, é responsável por filmes como "O Jogador", de Robert Altman, e "sexo, mentiras e videotape", de Steven Soderbergh. Scliar disse que não sabe ainda quanto vai receber. "O meu agente está negociando isso. Mas por enquanto eles compraram só a opção do filme, o que não é muito dinheiro", disse o escritor. Segundo ele, uma das produtoras que trabalham na Addis-Wechsler leu seu livro e há bastante tempo vem fazendo campanha pelo filme. Texto Anterior: Inverno Zoomp pasteuriza tendências da moda jovem Próximo Texto: Shaun Ryder retorna com Black Grape Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |