São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Disco traz delírio sonoro

MARISA ADÁN GIL
DA REPORTAGEM LOCAL

A nova banda de Shaun Ryder é um delírio. Tudo acontece ao mesmo tempo -uma cítara acompanha um rap, que vira rock, que vira reggae, que vira house. Só "In The Name of The Father" já é uma festa. E o disco está só começando.
O revezamento de vocalistas é um achado. Onde Kermit é incisivo, cáustico, Ryder é hipnótico, letárgico. Versos rappeados alinhados a refrões pop criam uma estranheza deliciosa em faixas como "Reverend Black Grape" ou "Tramazi Parti".
Dá para ouvir o disco todo dançando como um louco. Ou quieto, prestando atenção nos detalhes: um teclado quase techno no final de "Shake Well Before Opening", as interferências eletrônicas de "A Big Day in the North".
No final, o melhor. Kermit incorpora um Mick Jagger rápido e transforma "Shake your Money" no melhor rock'n'soul que os Rolling Stones não gravaram.

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