São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996
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Fazenda americana resiste a policiais

Agentes mantêm radicais sitiados

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O cerco de cem agentes federais a cerca de 12 integrantes do grupo conservador "Freemen" em Jordan (Montana, oeste dos EUA), completou ontem três dias, sem sinais de progresso nas negociações.
Os "freemen" (homens livres) negam a autoridade do Estado e dizem só obedecer à Bíblia, ao senso comum, à Magna Carta inglesa e a alguns artigos da Constituição.
Eles são acusados de fraudes fiscais no valor de US$ 19,5 milhões. Vivem com pesados armamentos numa fazenda que consideram território independente, em Jordan (a 208 km de Billings, Montana).
Os dois principais líderes do grupo, LeRoy Schweitzer e Daniel Petersen Jr., foram presos segunda-feira. Na fazenda, há mulheres e crianças. Cercos similares terminaram em tragédia nos EUA.
Em 1992, a mulher e o filho de um militante ultraconservador foram mortos em Ruby Ridge (Idaho).
Em 1993, mais de 70 pessoas, inclusive mulheres e crianças, morreram em Waco (Texas), quando agentes federais invadiram a sede da seita Ramo Davidiano.

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