São Paulo, quinta-feira, 28 de março de 1996 |
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O articulador Mário Covas
FERNANDO RODRIGUES Brasília - Enquanto o governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), se especializa em dar declarações constrangedoras para FHC, o governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), aproveita para fazer articulações mais úteis ao presidente.Covas já marcou uma conversa com o ministro do Planejamento, José Serra, para definir a candidatura tucana para Prefeitura de São Paulo. "Disse a ele que precisamos discutir o assunto", afirma o governador. "Também terei de falar com o Sérgio Motta, com o presidente da Assembléia em São Paulo, com as pessoas que têm interesse no tema". Para Covas, "é difícil o PSDB não ter candidato em São Paulo". Acha que não faz sentido o partido do presidente da República e do governador de São Paulo não ter um candidato próprio, de peso, para disputar a prefeitura paulistana. Com o refluxo da candidatura de Motta, o governador paulista considera Serra um candidato que honraria muito bem o PSDB em São Paulo. Indagado se Serra o destratou quando foi apresentado à possibilidade de ser candidato Mário Covas apenas riu. "Depende de muitas coisas ele sair candidato", resumiu, enigmático. E qual o prazo para o PSDB escolher seu candidato? Para Covas, "não pode passar de abril". O mesmo prazo para a emenda da reeleição começar a vingar -ou não- no Congresso. O governador paulista também continua achando que seria bom para FHC ter uma pessoa ajudando na operação política. E tem um argumento: "É claro que pode ficar sem essa pessoa até o final do governo. Mas o presidente vai viajar, passa uma semana fora, fica uma certa paralisia". Covas, como todos os tucanos, só não sabe quem seria esse tal operador político. O mais provável é que FHC siga governando aos trancos com o Congresso, como tem feito até agora. Texto Anterior: A utopia banal Próximo Texto: Raízes Índice |
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