São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996 |
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Reeleição
NELSON DE SÁ
No mesmo dia a Globo apóia a reeleição, com Cid Moreira, e Carlos Menem a reeleição dele, FHC. Primeiro Cid Moreira: - O Congresso está a um passo de tornar impossível a reeleição de prefeitos. O prazo se esgota rapidamente, e o assunto não anda. Seria preciso emendar já a Constitução para que o povo possa, se quiser, reeleger os que considerar merecedores. Nada de FHC, mas nem precisava. Menem falou na atrapalhada transmissão conjunta da estatal Rede Brasil com uma rede argentina. FHC e o presidente argentino jogaram conversa fora, até que o colega, já reeleito, saiu-se com esta: - O Brasil, com um grande presidente como este que tem, um homem que conhece tudo o que significa o manejo da economia, um homem que participou ativamente da vida política, um homem que é, ademais, um grande filósofo, requer mais um período de governo para consolidar a sua grande obra. Não mostraram, mas FHC certamente sorria. O comboio Pela ordem, primeiro a Bandeirantes. O Jornal da Hora deu ao vivo, com imagens, a fuga dos amotinados de Goiás. Outro espetáculo, outro assombro de Leonardo Pareja. O comboio de carros pretos deixando a prisão foi das mais impressionantes cenas recentes, na televisão. Todos criminosos, talvez assassinos, ladrões -dezenas em fuga, depois da "maior rebelião da história". Quase dez minutos depois, longos minutos de silêncio, entrou a Manchete, sem imagens. Em seguida, a Globo, com as imagens -mas fazendo de conta que começava a fuga. Na sequência, a Record, o SBT e a CNT. Não demorou e entrou a própria CNN, com a notícia e detalhes da fuga. A CNN entrou pouco antes da estatal Rede Brasil. E-mail: nelsonsa@folha.com.br Texto Anterior: O comboio Próximo Texto: Brasil fará três acordos com Argentina Índice |
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