São Paulo, quinta-feira, 4 de abril de 1996
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Erundina insiste e Suplicy balança

CARLOS EDUARDO ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Eduardo Suplicy já admite a possibilidade de ser candidato a vice-prefeito de São Paulo pelo PT.
"Se conseguir aprovar o projeto de renda mínima no Congresso, o quadro pode ser outro", afirmou Suplicy. Na semana passada, o senador foi convidado por Luiza Erundina, candidata do PT à prefeitura paulistana, para compor a chapa, mas recusou.
Suplicy deve dar a resposta a Erundina na próxima segunda-feira. Vai aproveitar o fim-de-semana para "refletir".
O senador mantém a tendência de cumprir o mandato no Senado, mas tem sido pressionado por petistas que o consideram a melhor opção para ajudar Erundina, e, também, evitar que a escolha do vice deflagre um novo capítulo da tradicional luta interna do partido.
A mulher de Suplicy, a deputada federal Marta Suplicy, continua querendo ser a vice de Erundina, apesar de a ex-prefeita não a considerar a escolha ideal por temer a reação do eleitorado a uma chapa com duas mulheres.
"Não estou desesperada para ser vice, mas, se o partido achar que amplio a chapa, estou à disposição", disse Marta.
A deputada acrescentou que entende a posição de Erundina, embora discorde dela. "Não há um veto absoluto, mas sei que não tenho a preferência dela", afirmou.
Para a deputada, a restrição de Erundina a seu nome não é uma questão pessoal. "Ela (Erundina) tem muita chance de ganhar e não quer correr risco porque acha mesmo que a população teria preconceito contra uma chapa feminina", declarou.
O empresário Oded Grajew também recusou convite de Luiz Inácio Lula da Silva e Erundina para ser o vice petista.
Se Suplicy der um não definitivo, o ex-deputado Aloizio Mercadante será o próximo alvo do assédio petista. Mercadante perdeu para Erundina a prévia que definiu a candidatura do partido.
O deputado Aldo Rebelo (PC do B) também quer ser vice, mas sua chance é ínfima.

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