São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Planalto tenta apressar as reformas

'Semestrão' incluiria mês de julho

MARTA SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Foi batizada de "semestrão" a nova fórmula do governo para adiantar a aprovação da reforma à Constituição antes que a campanha eleitoral para as prefeituras esvazie as votações.
Trata-se da tentativa de prolongar os trabalhos do Congresso durante o mês de julho -período de férias dos parlamentares.
O vice-presidente Marco Maciel, que integra o time de articuladores políticos do governo, disse que a proposta de licenciar os deputados que vão disputar as eleições de outubro "ajuda, mas não resolve".
A proposta foi lançada pelo líder do PFL, deputado Inocêncio Oliveira (PE). Os deputados candidatos (cerca de cem) cederiam suas vagas aos suplentes e ganhariam uma parte do salário de R$ 8.000 a que têm direito.
A intenção do governo de ver as reformas da Previdência, administrativa e tributária aprovadas na Câmara e no Senado antes do início da campanha eleitoral está comprometida.
"É possível estimar que algumas das reformas passem na Câmara, mas há dúvidas se elas passariam no Senado até o final do ano", afirmou Maciel.
O vice não inclui a emenda que permite a reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República na agenda do Planalto.

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