São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996
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Presídio fica destruído após o final da rebelião

DO ENVIADO ESPECIAL A APARECIDA DE GOIÂNIA

A polícia liberou ontem para a imprensa o acesso ao Cepaigo, presídio que passou sete dias nas mãos de detentos amotinados. Nesse período, foram destruídos a cozinha, a parte administrativa, as oficinas e um muro interno com mais de 15 m de comprimento.
Os policiais tiveram algumas "surpresas" quando entraram no presídio. No corredor do setor de segurança máxima, onde ficaram os rebelados e reféns, foi colocado um botijão de gás com mais de 1 m de altura acoplado a uma válvula apontada para a porta de entrada.
"Se a polícia entrasse, esse botijão serviria como lança-chamas", disse o tenente-coronel Vilmones de Araújo, diretor-interino da unidade.
Nas celas, também foram colocados botijões que, segundo os reféns, seriam explodidos em caso de invasão.
Segundo Araújo, não é possível ainda determinar os prejuízos causados pelos amotinados. "Nosso objetivo agora é fechar os mais de cinco buracos e colocar o presídio em condições de receber os presos que estão no estádio de Serra Dourada", completou.
A remoção dos cerca de 450 presos estava prevista para ser iniciada no fim da tarde de ontem.
Durante a rebelião, os presos usaram um escavadeira para derrubar o muro que separa o pátio do setor de segurança máxima, onde estavam, da parte da oficinas. "O objetivo deles era passar para derrubar o muro do presídio e tentar a fuga", disse Araújo.
Apesar dos estragos, a direção do presídio avaliou há condições de receber os presos que foram transferidos para o estádio de Serra Dourada.

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