São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996
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Têm 'neurose do regime'

DA REPORTAGEM LOCAL

Fazer regime e submeter o namorado ao mau humor decorrente da fome, ou obrigá-lo a prestar solidariedade (e parar de comer), pode ser desastroso. Tudo isso por causa de alguns quilos a mais que, muitas vezes, só elas vêem.
"Tive uma namorada que era paranóica com regime", diz o modelo Leandro Castro, 20. "Ela começava e não parava mais."
Ele diz que a namorada costumava ficar mal-humorada, mas ele aprendeu com o tempo a "não entrar no embalo".
"Ela chegava a ficar o dia inteiro sem comer, imagina. Isso devia atacar até o sistema nervoso."
O empresário Pedro Costa, 36, conta que sua ex-namorada o obrigava a fazer regime junto com ela. "Eu tinha que ser solidário. Se tomava um sorvete na frente dela, era um escândalo", lembra.
"No restaurante, ela sempre propunha que a gente dividisse os pratos. Sobremesa, nem pensar."
Costa diz que, para complicar, ele faz o tipo "magro ruim". "Como muito e não engordo."
Por isso tudo, hoje ele prefere uma gordinha tranquila do que uma magra tensa.
"Se não for uma baleia, encaro numa boa. Saio, como tudo o que eu quero, ela está sempre rindo também, sem traumas. É muito melhor", avalia.
Para o estudante Francisco Dias, 19, muitas mulheres fazem regime sem a menor necessidade. "Elas compram um vestido dois números menor e só sossegam quando entram nele. É mania de magreza", afirma.

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