São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996
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CDB próprio pode somar 20%

DA REPORTAGEM LOCAL

Somente o Bamerindus entre as instituições consultadas pela Folha está usando o limite legal de 20% da carteira para a compra pelos fundos de CDBs emitidos pelo próprio banco.
"Todo mundo usa esses limites", diz Maurício Murad, que completa: "Como o CDB é emitido pelo banco fica mais fácil administrar o risco."
Antônio Pavão, do Bradesco, diz que seus fundos não estão comprando CDBs do Bradesco por causa do empoçamento da liquidez. "Emitir CDBs para os fundos significaria ganhar mais caixa desnecessariamente."
Ulysses Diniz, da UAM, e Alfredo Setúbal, do Itaú, usam outro argumento. Como os bancos estão capitalizados, pagam juros muito pouco atraentes.
Walter Brasil, do Real, vê um constrangimento ético. "Pode transmitir a imagem, que não é necessariamente verdadeira, que se estaria usando o fundo para fornecer liquidez ao banco."
Ibrahim Eris, ex-presidente do BC, defende a proibição da compra. "Na minha opinião deveria existir uma parede para evitar conflitos de interesse."
Discordando de Eris, César Sizenando diz que a proibição poderia prejudicar o investidor. "E se o CDB estiver pagando taxas boas?"

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