São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996 |
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Toneladas de metal afetam balanço e estrutura de prédio
OSCAR PILAGALLO
O segundo problema é de fácil solução. "As nossas agências recebem compulsoriamente, todos os meses, R$ 10 mil em moedas enviadas pela sede", diz Robson José Crocco, responsável pelo setor. Nas agências, os caixas estão instruídos para tentar passar as moedas ao público. A tarefa nem sempre é cumprida devido à resistência da população, mas pelo menos diminui o peso suportado pelo cofre na sede. O primeiro problema é mais complicado, porque depende do Banco Central, que não aceita as sobras de moedas. É um dinheiro que não dá qualquer retorno. Crocco estima o prejuízo em R$ 240 mil. É o que o BCN (Banco de Crédito Nacional) deixa de ganhar, considerando-se juros de 3% sobre aquelas toneladas, que somam R$ 8 milhões. "Isso também é custo Brasil", afirma Crocco. Um custo que, naturalmente, é repassado aos clientes, na forma de serviços mais caros, por exemplo. "Quem paga é a sociedade." Outra face O problema das moedas é comum a todo o sistema bancário, embora talvez seja mais sentido pelo BCN por trabalhar com muitas empresas de ônibus, que fazem depósitos diários. O Banco Central não aceita a culpa. "Os bancos reclamam, mas são eles que não administram como deviam o meio circulante", diz Luiz Alberto Bonini dos Santos Pinto, chefe da divisão regional do meio circulante do BC em São Paulo. A moeda de metal significa economia para o governo e gasto extra para os bancos. A economia é resultado da maior durabilidade da moeda. Enquanto as cédulas precisam ser trocadas frequentemente devido à deterioração, as moedas praticamente não estragam. O gasto extra dos bancos é proveniente da maior complicação operacional. (OP) Texto Anterior: Moeda 'micada' encalha nos cofres dos bancos Próximo Texto: Limites já! Índice |
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