São Paulo, domingo, 7 de abril de 1996 |
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Países europeus tentam conter invasão
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Para ele, a proposta de endurecimento na política de imigração reflete uma circunstância. As restrições aos estrangeiros no mercado de trabalho aumentam na proporção em que a crise social cresce. "É natural. Existe a vontade de tentar manter o emprego", avalia Klarsfeld. Imigração e desemprego A relação "imigrantes igual a desemprego" é feita por muitos eleitores na Europa. Na França existiam, em 1992, 3,5 milhões de estrangeiros com "carte de séjour". Em fevereiro de 1996, mais de 3 milhões de franceses estavam desempregados -cerca de 12% da população economicamente ativa. Na Alemanha, por exemplo, a previsão é de que o desemprego alcance 9% da população economicamente ativa este ano -mais de 4 milhões de pessoas. Em 1970, apenas 100 mil pessoas não tinham trabalho. No mesmo ano, por exemplo, a população de turcos atingia 470 mil na Alemanha Ocidental. Vinte anos depois, o contingente saltou para 1,67 milhão. É a maior comunidade entre os 5,2 milhões de estrangeiros registrados no país em 1990. Schengen Uma das medidas adotadas pela União Européia com reflexo no fluxo imigratório foi o Acordo de Schengen. Em vigor desde o ano passado, o acordo praticamente aboliu as fronteiras entre França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Holanda, Espanha e Portugal. Com ele, os cidadãos desses países da União Européia têm liberdade total de circulação. Em contrapartida, o controle dos viajantes de fora da Comunidade Européia -notadamente os provenientes do Terceiro Mundo-, está ficando cada vez mais rigoroso. (LAR) Texto Anterior: Franceses apóiam lei Pasqua Próximo Texto: Veteranos afegãos exportam revolução Índice |
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