São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996
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Queda de pontes interdita as 2 maiores estradas da Amazônia

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Chuvas fortes provocaram quedas de pontes no Pará e a interdição das duas principais rodovias da região Norte, a Transamazônica (BR-230) e a Belém-Brasília (BR-010).
Na Belém-Brasília, cerca de 2.000 carros -entre os quais 800 caminhões- esperavam ontem nos dois lados da ponte interditada, no município de Mãe do Rio (160 km a sudeste de Belém).
A informação foi dada por telefone pelo dono do posto Rei das Selvas, José Bavaresco. O posto fica a 18 km da interdição e está servindo de estacionamento para os carros que vão se acumulando.
No sábado, a chuva provocou o rompimento de um açude, cujas águas fizeram transbordar o rio Jaraí. A força das águas derrubou os aterros nas duas pontas da ponte e interrompeu a Belém-Brasília.
Aos motoristas, restaram os desvios pela rodovia PA-150 ou pela Belém-São Luís (BR-316), passando por rodovias estaduais de terra no Maranhão e no Pará até chegar à altura de Mãe do Rio.
Esses desvios aumentam a viagem em 600 km. "E o estado dessas estradas que já é precário, fica pior com a chuva", disse o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, José Carlos Matos Montes.
Segundo Montes, oito carretas tentaram usar os desvios e ficaram atoladas. Para evitar a aventura, os motoristas preferem esperar o conserto da ponte. Na Transamazônica, o trânsito foi liberado ontem de manhã, após dois dias de interdição. A ponte sobre o rio Morijuba, em Itupiranga (500 km de Belém) não suportou a passagem de um caminhão carregado de madeira no domingo e caiu. A prefeitura do município improvisou outra ponte sobre o rio.
Na Transamazônica, não houve acúmulo de carros porque a Polícia Rodoviária desviou o trânsito nos municípios vizinhos à ponte.
O chefe do serviço de engenharia do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem em Belém, Aluizio Marinho Barros, diz que foram contratadas duas empreiteiras para recuperar a ponte da Belém-Brasília, que deve estar liberada amanhã. "Para a Transamazônica, já há a ponte provisória. Falta dinheiro e não há previsão para a reconstrução da ponte."

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