São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996 |
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Maluf tem discussão com professora
ANTONIO GAUDÉRIO
Maluf chegou à EMPG Heitor de Andrade por volta das 13h30 e, na entrada, começou a reclamar dos desenhos na fachada do prédio. "Não tem vigia nessa escola. Se tem, temos que dar uma tinta para que ele pinte isso aqui." Na saída, após cumprir o calendário oficial (fazer a entrega de merenda), o prefeito voltou a reclamar das pichações. "A escola parence um chiqueiro. Isso é antipedagógico porque dá péssimo exemplo para os alunos." Nesse momento, afirmou que, se fosse professor da escola, compraria uma lata de tinta e pintaria a parede. Uma professora, cujo nome não foi divulgado, protestou: "Para isso, precisaríamos ganhar um salário mais digno". O prefeito continuou: "Se você ganhasse o dobro, pintaria?". "O que eu quero é um salário digno", respondeu a professora. O prefeito, então, perguntou o nome da professora e pediu o número do registro profissional dela. Ela entrou na escola e não voltou. Maluf continuou discursando, mas minutos depois lembrou da professora e disse: "O registro vem ou vou ter de buscar?". Por fim, uma outra funcionária da escola entregou um papel ao prefeito com o nome e o número do registro da professora. Maluf pegou o papel, entregou ao secretário da Educação, Sólon Borges dos Reis, que estava a seu lado, e disse: "Guarda aí que amanhã a gente trata disso". A assessoria do prefeito não soube informar o que Maluf pretende fazer com a professora. O secretário não foi achado ontem à noite. Texto Anterior: Cidade Universitária poderá ser reaberta Próximo Texto: Poder público é responsável, afirma Adib Jatene Índice |
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