São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996 |
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Polícia tenta criar área no PR exclusiva para travestis
MÔNICA SANTANNA
O projeto é do delegado Silvan Rodney Pereira, que há um ano recebe diariamente queixas de moradores e abaixo-assinados para retirar grupos de travestis de áreas residenciais. Cerca de 100 dos 160 travestis cadastrados pelo grupo Esperança, organização não-governamental de apoio aos travestis, trabalham hoje nas ruas Cruz Machado, Lamenha Lins, Getúlio Vargas e na praça Ouvidor Pardinho, todas na região central, em áreas próximas a residências. "Não temos mecanismos legais para prendê-los. Os travestis incomodam porque brigam com moradores e com eles próprios, sem contar problemas de drogas e furtos", afirmou o delegado. Em 95, Pereira ameaçou realizar uma "operação arrastão" contra os travestis, mas suspendeu o ação após negociação com grupos de apoio aos homossexuais. O delegado afirmou que pretende discutir seu projeto com a Secretaria de Segurança Pública e com Prefeitura de Curitiba, para que a área exclusiva para travestis seja determinada por decreto. O prefeito Rafael Greca (PDT) disse que o assunto não é da sua competência. "Este assunto não nos diz respeito. É problema de segurança pública", afirmou Greca. Pereira quer que seja escolhida uma área afastada do centro e de residências, local que já foi apelidado de "bichódromo" por moradores da cidade. Texto Anterior: Projeto do CE recebe prêmio da ONU Próximo Texto: Câmara veta homenagem Índice |
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