São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 1996 |
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Universal reavalia boicote contra P&G Comissão estuda denúncias CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
Conforme o que apurar essa comissão -provavelmente em mais uma semana-, será proposto um boicote aos produtos da P&G ou será divulgado um pedido de desculpas à empresa. Essa é a posição oficial da igreja, depois que seu jornal, a Folha Universal, publicou uma matéria recomendando aos seus seguidores um boicote aos produtos da P&G. Na edição seguinte, em março, o jornal apresentou uma carta enviada pela Procter & Gamble. A carta da P&G reproduz as declarações de um apresentador da televisão americana, Phil Donahue, que desmente que um dirigente da empresa tenha dado entrevista em seu programa sobre ligações com uma igreja de satanás. "Se ficar comprovado que alguém da empresa deu uma entrevista para a televisão dizendo que apoiava a igreja de satanás, vamos fazer uma campanha de boicote contra a companhia", disse ontem o bispo Honorilton Gonçalves, líder da Igreja Universal. A Procter & Gamble, um dos maiores fabricantes mundiais de produtos de higiene e limpeza, refuta as alegações de ligações com cultos satânicos, um boato que circula nos EUA desde 1981. "Nós achávamos que a questão com a Igreja Universal estava encerrada com o pedido de desculpas do seu advogado e a publicação da carta. Se a igreja insistir no assunto, vamos acioná-la", afirmou Yolanda de Cerqueira Leite, diretora do departamento jurídico e de assuntos corporativos da P&G. A empresa já ganhou várias ações na Justiça americana por causa desse caso. Em 1991, dois distribuidores da Amway (outra empresa do setor de higiene e limpeza) foram condenados a pagar US$ 75 mil por terem feito "falsas e maliciosas" afirmações associando a P&G com satanismo. Texto Anterior: Lideranças gays criticam o relator Próximo Texto: Líderes empurram a decisão para FHC Índice |
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