São Paulo, sexta-feira, 12 de abril de 1996 |
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Escritora quer ser acessível
DA REPORTAGEM LOCAL "Teia" é todo inédito, mas traz alguns poemas antigos. "Coisas escritas há muito tempo voltam, ficaram no subconsciente."A unidade está na preocupação em se tornar compreensível. "Antes, a temática era muito hermética. Agora é mais terra-a-terra." O desejo de atingir maior público não é, diz Orides, busca de fama. "Não é por glória que estou fazendo todo esse auê, é por dinheiro." A frase irônica se refere às entrevistas e à festa de lançamento do livro. Irônica, injusta e talvez otimista. Os poemas de "Teia" não se renderam a nenhuma facilitação que garanta popularidade rápida. Os espelhos, flores, aranhas e abismos solitários que ela convoca aos versos estão mais contidos, os próprios versos são menos numerosos do que nos livros anteriores. Mas a explosão poética se dá em silêncio. "Palavra pensante e pensamento falante", na expressão empregada por Marilena Chauí no prefácio do livro, "Teia" exige do leitor uma lentidão hoje mais rara. Livro: Teia, de Orides Fontela Lançamento: hoje, às 19h30, no bar Tiezzi (al. Franca, 241, tel. 011/289-0090) Quanto: R$ 12,90 Texto Anterior: Orides Fontela arma uma nova "Teia" Próximo Texto: Maior contribuição de Lou Reed à cultura vem da linguagem Índice |
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