São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
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Prefeito constrói o 'Beach Park do sertão'
ARI CIPOLA
Depois que a água começou a jorrar, o pefelista comprou, por R$ 15 mil, uma propriedade de um hectare no percurso da água e começou a construir o que chama de "Beach Park do sertão" -alusão ao parque aquático existente em Fortaleza (CE). O prefeito planeja construir três piscinas de oito metros de extensão e quatro metros de largura, por um custo total de R$ 10 mil. "Paguei caro o terreno, porque era de um adversário meu. Mas o povo quer tomar banho, e decidi fazer tudo com dinheiro meu", afirmou o prefeito. Ciúme Humberto dos Anjos disse que os outros prefeitos da região só poderiam reclamar de suas piscinas se ele as tivesse construído com recursos públicos. "Tudo não passa de ciúmes. Se há sobra de água, ela tem que ser usada", argumenta. "Não podemos ficar no seco e manter bombas caríssimas desligadas por intrigas políticas. Não tenho culpa se foi no meu município que a água jorrou", diz o prefeito do PFL. Caso o governo do Estado desligue as máquinas e interrompa o desperdício de água tratada, Humberto dos Anjos disse que vai "comprar e pagar" a água que abastecerá as piscinas. "Já pedi que fosse feita a ligação da água para as piscinas, para o caso de a água gratuita acabar", declarou. Irrigação O prefeito disse que está preocupado com o não-aproveitamento da água em projetos de irrigação. Segundo Humberto dos Anjos, a obra prevê a irrigação de 300 hectares entre Pão de Açúcar e Olho d'Água das Flores, mas nada ainda foi feito. "Por enquanto, os agricultores estão usando a água que jorra de forma não-planejada. O governo tem que fazer um projeto sério, que mude o perfil econômico da região", disse. Texto Anterior: Rio vai secar, diz governo Próximo Texto: Água faz a região produzir durante a seca Índice |
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