São Paulo, segunda-feira, 15 de abril de 1996 |
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Temperatura oscila 54 graus
MORAES EGGERS
As refeições também eram racionadas e servidas em um tipo de bandejão. O cardápio quase sempre era o mesmo: pão, uma colher de salada de maionese, uma fatia de salame e sopa. A oscilação de temperatura é violenta. Durante o dia a média é de 50°C. Quando o Sol se põe, cai rapidamente até atingir 4,5°C negativos durante a madrugada. Como o mar, é preciso respeitar a imensidão silenciosa, mas cheia de vida oculta do deserto. Por isso, é fundamental ter muito cuidado e seguir à risca alguns cuidados especiais -e essenciais- para sobreviver na região. Nunca ande sozinho, já que em caso de algum acidente ou mordida de animal venenoso é grande a probabilidade de não receber ajuda em tempo. O outro grande perigo está escondido nas areias. O deserto é repleto de pedras. O espaço entre algumas rochas é preenchido com a fina areia trazida pelos ventos. Pisar em uma região dessas significa afundar rapidamente e nunca mais voltar à tona. Os tuaregues (nômades do deserto), quando caminham, estão sempre com os arreios de seu camelo nas mãos. Leve água e comida para mais de três dias, mesmo que o passeio vá durar três horas, e protetor solar com fator de proteção 20. Não esqueça de checar os calçados antes de devolvê-los aos pés. Répteis como escorpiões e serpentes, quase sempre bastante venenosos, procuram lugares para se manter aquecidos à noite. (ME) Texto Anterior: Cidade é porta de saída do deserto Próximo Texto: Poeta fundou a negritude e governou por 20 anos Índice |
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