São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996
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Médico de famíia ajuda

AURELIANO BIANCARELLI
DO ENVIADO ESPECIAL

O modelo de informação montado em Cuba vem sendo empregado por alguns países há meio século em doenças como a sífilis e nunca deu resultado. A observação é do antropólogo Carls Kendall, 48, professor em New Orleans (EUA) e pesquisador em vários países do Terceiro Mundo.
Segundo ele, às vezes são necessárias várias entrevistas de horas para que um soropositivo revele o nome de um amante. Mesmo em Cuba, apenas 30% dos novos casos são localizados por esse sistema de busca.
Outra questão é a aceitação da população. Em Cuba, a saúde é vista como um direito e uma obrigação coletiva. "Nos EUA, um sistema de busca semelhante provocaria uma revolta."
A existência do médico de família também é fundamental. Ele mora no próprio bairro e acompanha até no máximo 300 pessoas.
O modelo pode não ser adaptável à maioria dos países, mas trará reforços, diz Kendall. Ele afirma que os países que não investem no controle da doença terão perdas socioeconômicas incalculáveis no futuro.
(AB)

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