São Paulo, terça-feira, 16 de abril de 1996 |
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Brasil acaba teste de 'vacina' anti-HIV
LUCIA MARTINS
Os resultados foram positivos: o V-108, como é conhecido o produto, não apresentou efeitos colaterais e estimulou a produção de anticorpos. Mas não significa que tenha poder de deter o vírus da Aids. Os voluntários ainda serão observados por pelo menos um ano, e seus anticorpos serão misturados com o vírus da Aids, primeiro em laboratório e depois em animais. Só então a substância poderá ser aplicada em larga escala. O V-108 é uma molécula feita em laboratório que imita a estrutura do vírus. Por isso, não há risco de o voluntário manifestar a doença. Os testes começaram em março do ano passado no Rio e em Minas Gerais. Para fazer o experimento, os voluntários tinham de ser sadios e não ter atividade de risco. Nào houve distinção de sexo. A substância também está sendo em voluntários da China, Tailândia, EUA e Austrália. Ela foi produzida pelo UBI (United Biological International), um laboratório de Nova York. "O resultado foi bom. Mas ainda temos de saber se os anticorpos terão poder contra o vírus. É o primeiro passo de um trabalho longo de pesquisa", afirma Dirceu Greco, que coordena o programa de vacinas anti-HIV em Minas Gerais. Texto Anterior: Comissão vota hoje emenda do aborto Próximo Texto: Cai número de homicídios em São Paulo Índice |
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