São Paulo, quarta-feira, 17 de abril de 1996 |
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Nana Caymmi volta a lançar canções inéditas em CD Cantora inclui nove faixas novas no CD "Alma Serena" PEDRO ALEXANDRE SANCHES
Era o caminho natural, segundo ela, depois de projetos especiais como "Bolero" (1993) e "A Noite do Meu Bem" (1994), dedicado às canções de Dolores Duran. "Disse ao diretor da gravadora que não era justo eu ficar sem repertório, ficar só cantando música antiga. Daqui a pouco me aposentam", brinca a cantora. Entre as inéditas, estão a de abertura, "Leva Minha Dor", em que Nana homenageia o pai, Dorival, e a de encerramento, "Flecha de Prata", composta para a mãe, Stella, e cantada com a neta Marina. Integram a lista de compositores de quem Nana lança novas canções Ronaldo Bastos, Celso Fonseca, Flora Purim, Toninho Horta, Paulo César Pinheiro e outros. A herança materna, mineira, prevalece sobre a paterna, baiana. Nana regrava "Clube da Esquina", canção de 1972 de Milton Nascimento e Lô Borges. Vocais à Milton comparecem nas participações de Toninho Horta (em "Anjo do Amor") e Claudio Nucci ("Eu Quero Estar com Você"). Também de Minas vem a regravação de "Novo Amor", de Chico Buarque, gravada originalmente pela mineira Clara Nunes. E há "Primavera", de Cassiano ("um de nossos grandes compositores") e Silvio Rochael, imortalizada em 1970 pelo soulman Tim Maia. Representando a Bahia, vem "Não Posso Me Esquecer da Fama", composta por Caetano Veloso nos anos 60, antes da fama. Mas compositores, para Nana, não são o mais importante. "A ignorância brasileira é fogo. Você começa a cantar e já querem saber de quem é a música. Ninguém quer formar opinião sem se comprometer", afirma. Assim, a afetividade comanda as escolhas. "Gravo pessoas de que eu gosto, que convivem comigo diariamente", explica. Disco: Alma Serena Artista: Nana Caymmi Lançamento: EMI Quanto: R$ 18, em média Texto Anterior: Novo disco do Barão Vermelho terá uma faixa interativa Próximo Texto: Festival exibe 'A Casa da Rua Arbat' Índice |
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