São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Movimento atinge 15% do Executivo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Administração iniciou ontem auditoria na folha de ponto de órgãos públicos federais para garantir desconto nos salários dos servidores em greve.
O governo estimou uma adesão à greve de 15,4% dos 560 mil funcionários ativos do Poder Executivo. A auditoria deverá conferir se todos os 86.240 servidores que estariam sem trabalhar tiveram o ponto cortado nos dias de falta.
O ministro Pedro Malan (Fazenda) disse ontem que a reivindicação "é impossível" de ser atendida, pois significaria um aumento de R$ 19 bilhões na folha de salários da União, orçada neste ano em cerca de R$ 41 bilhões.
Governo e grevistas divergem sobre os números da paralisação. A Coordenação Nacional dos Servidores Públicos avaliou que não estão trabalhando 250 mil servidores (40% dos 610 mil servidores do Executivo e Judiciário).
Os dirigentes sindicais do funcionalismo afirmam que tentarão fortalecer a greve para neutralizar o receio de desconto salarial.
Eles querem reajuste de 46,19%, retroativo a janeiro. O funcionalismo está há 14 meses sem aumento. Cláudia Costin, ministra interina da Administração, disse não haver possibilidade de aumento agora.

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