São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996
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Polícia de seis Estados vai usar Internet contra os traficantes

Informática facilitará acesso a cadastro de acusados

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Policiais dos quatro Estados do Sudeste, de Pernambuco e de Brasília vão reprimir o tráfico de drogas em conjunto.
Para isso, será implantado, em junho, um programa de informática que integrará cadastros policiais desses Estados e do Distrito Federal.
Desenvolvido em parceria pelas empresas IBM e Uni Sistems, do Paraná, o programa "Police" divulgará, via Internet, retratos falados de bandidos procurados pela polícia e fotos de foragidos, bandidos e desaparecidos.
Qualquer cidadão poderá obter dados como antecedentes criminais de outras pessoas, bastando acessar o endereço eletrônico, que ainda será divulgado.
Dados secretos da polícia só serão acessados por senhas.
Na Secretaria da Segurança do Rio, o software já foi instalado. A previsão é de que seja implantado em junho nas delegacias, a começar pela Metropol 2, no Leblon (zona sul do Rio). O programa já foi testado em Pernambuco.
Serão informados registros de ocorrências e elaboração de inquéritos policiais.
Os outros Estados anunciaram ontem, durante reunião do Conselho de Segurança da Região Sudeste, no Rio, que vão aderir ao sistema, até junho.
"Em São Paulo há integração entre as polícias. Temos programas de segurança comunitária, como o de São José dos Campos. Vamos lançar semana que vem na zona sul de São Paulo. Ainda é cedo para falar em resultados", disse o secretário da Segurança de São Paulo, José Afonso da Silva.
Forças Armadas
Os secretários foram unânimes em criticar a atuação das Forças Armadas no combate ao narcotráfico, como determinou Fernando Henrique Cardoso.
O secretário da Segurança do Rio, general Nilton Cerqueira, alegou que as Forças Armadas não estão treinadas para combater o crime. "As Forças Armadas não têm experiência no combate ao tráfico, travado com bandidos organizados", afirmou.
Os secretários fizeram também um apelo para que o governo federal dê mais atenção ao problema da superlotação carcerária que existe no país.

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