São Paulo, quinta-feira, 18 de abril de 1996 |
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BFI teve balanços maquiados
FREDERICO VASCONCELOS
Anos atrás, foi o braço brasileiro do BCCI -Banco de Crédito e Comercio Internacional, pivô do primeiro grande escândalo financeiro internacional, ainda sob julgamento nos Emirados Árabes. Como a Folha antecipou, segunda-feira, o BFI infringiu normas legais e publicou balanço maquiado. O auditor (Roberto Miguel, da Tríade Auditores) emitiu parecer com ressalvas que colocavam em dúvida a continuidade do banco. O banco excedeu o limite autorizado para financiar cartas de crédito de importações. Em dezembro, registrava financiamentos de R$ 31,9 milhões. Seu patrimônio líquido é de R$ 19,2 milhões. O BFI fez provisão para créditos duvidosos de apenas R$ 1,6 milhão, enquanto o auditor apontava perdas prováveis de R$ 12,6 milhões. O que torna irreal o lucro. Quando pipocou o escândalo do BCCI, os sócios brasileiros adquiriram as ações dos árabes e colocaram o banco à venda. A indisponibilidade de bens só atinge os que atuaram nos 12 últimos meses. Texto Anterior: BC liquida banco e distribuidora em SP Próximo Texto: Projeto dirá o que é "lavar" dinheiro Índice |
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