São Paulo, sábado, 20 de abril de 1996 |
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Gabriel teve de intervir
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Médicos legistas do Pará tentaram impedir o trabalho do legista da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Nelson Mazzini ontem em Marabá (PA).Segundo o chefe de gabinete do Ministério da Justiça, José Gregori, foi necessária "uma ordem expressa" do governador do Pará, Almir Gabriel (PSDB), aos outros legistas para que Mazzini pudesse trabalhar. Gregori -um dos autores da lei que reconheceu como mortos os desaparecidos políticos no regime militar- e o ministro Nelson Jobim (Justiça) estiveram na quinta-feira em Marabá e deixaram na cidade o secretário-geral do Conselho de Defesa da Pessoa Humana, Humberto Espínola. Em conversa com Espínola, Gregori não gostou do resultado do trabalho dos quatro legistas do Pará. "Eu achei muito vago no sentido de não precisar a região do corpo onde estava o ferimento, que tipo de bala teria causado o ferimento e principalmente a estimativa da distância em que o tiro tinha sido dado", disse. Gregori falou com Paulo Sérgio Pinheiro, do Núcleo de Estudos de Violência da USP, que estava a caminho de Marabá, e pediu que ele levasse um legista junto. Mazzini vai preparar um relatório para o Ministério da Justiça e deve se encontrar hoje com Gregori. Texto Anterior: Corpo tem o crânio esmagado Próximo Texto: Pantoja deve pôr culpa no governador Índice |
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